Manhã azul e fria. As casas, como sempre, desciam a rua, ou a rua descia as casas, pela estrada de pedras negras, irregulares com ervinhas nos intervalos. As pombas no quintal abandonado eram muitas e estavam gordas. As janelas da casa que ficava fora da rua principal, abertas ao ar e ao sol. As janelas da casa onde vivia eram janelas onde o sol não entrava, só o ar. Frio. Não estaria no local indicado: faltavam talvez 90 graus rodados no sentido contrário ao dos ponteiros dos relógios. Um quarto de volta de vida.
2 comentários:
Não precisei de GPS para chegar até aqui! Que bom que a Patrícia Gonçalves aí do outro lado do atlântico escreve tão legal! Engraçado, fiquei emocionada de ver meu nome que é você escrevendo um texto tão lindo.
Parabéns!
Patrícia Gonçalves
(do lado de cá do mar)
Obrigada!
Patrícia Gonçalves, do lado oriental do mar.
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